Programa de Apoio aos Alunos com Dificuldades de Aprendizagem
Sugestões de Atividades
Conheçam o recurso didático Luz do Saber Infantil que tem por objetivo contribuir para a alfabetização de crianças. É uma peça fundamental para o Agente do Conhecimento. Acessem o site abaixo e aproveitem tudo que ele oferece.
II Formação dos Agentes do Conhecimento
Ocorreu nesta quinta-feira 07/04, na E.E.F Luiz Leitão, a II Formação com os Agentes do Conhecimento que atuam no Projeto Apoio aos Alunos com Dificuldades de Aprendizagem. Na ocasião foi feita uma avaliação das atividades desenvolvidas e, ao mesmo tempo, foram traçadas metas para atender cada vez melhor os alunos. A ferramenta principal do Projeto é o Atendimento Individual na residência do aluno que apresenta dificuldades de leitura, escrita e/ou cálculos.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA TRABALHAR COM CRIANÇAS COM DIFICULDADES EM CÁLCULOS
SUGESTÕES DE CONTEÚDOS E DE ATIVIDADES
SEQUÊNCIA LÓGICA
A sequência lógica consiste na tarefa
única de manter os objetos relacionados a uma ordem predeterminada, obedecendo
ao critério de tamanho, cor ou outro atributo qualquer, podendo também obedecer
a dois critérios ao mesmo tempo. Vejamos alguns exemplos de atividades:
1. Com canudinhos plásticos cortados em pequenos
pedaços e um fio de barbante, cada criança criará sua sequência. Ex.: um
canudinho amarelo, um azul e um verde ou um amarelo, um azul e dois verdes.
2. Montar uma sequência, utilizando as próprias
crianças. Ex.: um sentado, outro deitado e outro em pé ou ajoelhado, outro
sentado com pernas cruzadas e outro sentado com as pernas estendidas ou um em
um pé e outro sentado, ou um menino, uma menina, ou um menino e duas meninas.
3. Construir sequências, utilizando MCA (Material
Concreto Alternativo). Ex.: uma tampinha, uma caixinha e um palito.
4. Montar sequências, utilizando letras ou
numerais. Ex.: B O I B O I B O I B O I O ou 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2.
5. Fazer sequências, utilizando cartões com
diferentes símbolos. Exemplo:
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6. Montar sequências, utilizando bandeirinhas
coloridas e barbante para enfeitar a sala em festas juninas. A sequência das
bandeirinhas pode obedecer a dois critérios ao mesmo tempo: formas geométricas
e cores. Ex.: uma bandeira azul quadrada, uma bandeira rosa circular e uma
verde triangular.
7. A criança poderá manter sequências
utilizando-se de dois ou mais atributos ao ordenar elementos naturais.
Exemplificando: um elemento pequeno, liso e verde, um elemento grande, áspero e
marrom. Ela poderá montar a seguinte sequência: um frutinho, um coco, um
frutinho, uma folha, ...
PROPORÇÃO
Por meio do contato com os objetos, e
estabelecendo relação e comparação entre eles, a criança adquire noções de proporção,
como grande pequeno, maior-menor, alto-baixo, comprido-curto etc., aprendizado
que Jean Piaget chama de conhecimento
físico dos objetos (Wadsworth 1984). Assim, sugerimos:
1. Espalhar vários tipos de MCA as
crianças classificarem pelo tamanho (grande e pequeno; maior e menor, ou do
mesmo tamanho).
2. Classificar objetos da própria sala
em altos e baixos.
3. Classificar as próprias crianças em:
maiores que, menores que, do mesmo tamanho que, mais altas, mais baixas.
4. Buscar elementos fora da sala que
sejam menores ou maiores que o objeto mostrado pela professora dentro da sala
de aula.
5. Identificar no próprio corpo, os
dedos, braços, pés ou pernas maiores ou menores que aqueles citados pela
professora.
6. Medir a altura de cada criança
marcando-a na própria parede da sala.
7. Contornar MCAs grandes e pequenos
numa folha de papel.
8. Montar dobraduras com folhas de
jornal ou revista, em diversos tamanhos.
9. Medir objetos da sala utilizando um
outro objeto como medida. Ex.: uma cadeira mede o equivalente a cinco lápis
enquanto uma mesa mede o equivalente a dez lápis.
10.
Identificar
o tamanho de palavras escritas num pedaço de papel conforme seu número de
letras.
11.
Montar
com MCA brinquedos pequenos e grandes. Ex.: carrinhos com caixas de fósforo e
tampinhas, ou robôs com garrafas descartáveis de refrigerantes de dois litros.
12.
Montar, utilizando blocos lógicos
confeccionados em papelão, figuras grandes e pequenas.
13.
Colocar,
em uma bacia com água, objetos grandes leves e pesados e objetos pequenos leves
e pesados. A criança verificará que nem todos os objetos grandes são pesados
nem todos os pequenos são leves. Ex.: uma garrafa de vinagre vazia flutuará
enquanto uma pequena pedrinha afundará.
14.
Colocar,
dentro de uma sacolinha, objetos de diversos tamanhos para as crianças
retirarem, sem olhar, objetos maiores ou menores que aqueles mostrados pela
professora.
15.
Colocar
nas mãos de uma criança com olhos vendados, um objeto grande e um pequeno para
identificá-los.
16.
Com
olhos fechados, fazer a correspondência de objetos pelo tamanho.
17.
Utilizando
MCA, fazer um trenzinho comprido.
18.
Riscar
no chão, utilizando giz, dois caminhos diferentes, sendo um curvilíneo e o
outro reto. Cada criança deverá andar sobre eles verificando o mais comprido e
o mais curto.
19.
Repetir
o exercício acima, colocando obstáculos (mesas, cadeiras, latas) no caminho
mais curto, a fim de as crianças verificarem que nem sempre o caminho mais
curto será o mais rápido.
20.
Comparar
o comprimento de pedaços de fios e tiras de pano, de plástico ou de papel.
21.
Fazer
um passeio pela escola e representar o caminho percorrido numa folha de papel.
Executar um caminho menor até a sala vizinha e novamente registrá-lo num papel.
Comparar os dois caminhos percorridos.
22.
Procurar
objetos que tenham o mesmo comprimento do objeto mostrado pela professora.
23.
Distribuir
dez palitos de fósforo, já utilizados, para que as crianças colem em linha reta
e cinco unidos, verificando, assim, que a quantidade não varia embora o
primeiro desenho ocupe maior espaço.
SERIAÇÃO
O desenvolvimento da capacidade de seriação, ou ordenação, ocorre na
criança por volta dos sete anos de idade. Para tanto é necessário que ela passe
por uma variedade de experiências referentes a isso. Sugerimos:
1. Ordenar objetos pelo seu tamanho em ordem
crescente e decrescente.
2. Ordenar objetos conforme sua espessura em
ordem crescente e decrescente.
3. Dispor as crianças por ordem de tamanho.
4. Ordenar quantidades e seus numerais
correspondentes.
5. Ordenar blocos lógicos.
6. Dentro de um saquinho de papel, colocar
objetos de diferentes tamanhos. A criança deverá, sem olhar, pegar um objeto de
cada vez, obedecendo a uma determinada ordem.
7. Pedir às crianças que imaginem um gatinho, um
leão, um cachorro, um passarinho e uma formiga; em seguida pedir que digam o
nome de cada animal em ordem crescente e, depois, decrescente de tamanho.
8. Seriar, levando-se em conta a espessura e o
tamanho, elementos naturais tais como: coco, vagens de árvores, gravetos e
conchinhas.
QUANTIDADE
A noção de quantidade (mais/menos,
pouco/muito, o mesmo tanto, nenhum, mais que/menos que, cheio/vazio) vem
colaborar no desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático, uma vez que é
prioritária e essencial na aquisição de outras estruturas matemáticas
posteriores a ela. Sugerimos:
1. Diante de vários MCAs, classificá-los e
enumerá-los a fim de comparar o maior ou menor número de elementos.
2. Distribuir tampinhas em quantidades diferentes
entre as crianças. Deixar uma porção delas no meio do círculo. Pedir para uma
criança dizer quantas tampinhas possui e perguntar quem tem o mesmo tanto, quem
tem menos e quem tem mais que ela. Dramatizar situações-problema relacionando
as quantias. Ex.: Maria tinha cinco tampinhas e ganhou três de João. Com
quantas ficou? Observação: nos probleminhas tanto de adição como de subtração,
utilizar o maior número de verbos possíveis como ganhou, achou, encontrou,
comprou, perdeu, deu, estragou, jogou fora, emprestou e outros conforme o uso
local.
3. Distribuir pedrinhas de diferentes tamanhos
entre as crianças em quantias também diferentes. Chamar uma criança pedindo que
ela diga sua quantia, em seguida todos deverão verificar quem tem o mesmo tanto
que ela. Propor o seguinte problema: quem tem menos ou mais que fulana, o que
deverá fazer para ter a mesma quantidade que ela?
4. Pedir para uma criança despejar a água de uma
garrafa em quatro copos deixando todos com o mesmo tanto. Lançar o problema: O
que devemos fazer para deixar dois copos mais cheios e os outros mais vazios
sem utilizarmos a garrafa?
5. Propor situações para as crianças resolverem
fazendo anotações: Em uma praça encontrei seis chinelos, quantas crianças havia
ali? Abri o armário e encontrei cinco blusas; três estavam sujas. Quantas
blusas restaram para eu poder escolher qual irei vestir? Encontrei oito pegadas
de gato na minha sala; quantos gatos entraram lá? Gostaria de colocar um anel
em cada dedo; quantos anéis eu precisaria para satisfazer o meu desejo?
6. Agrupar a classe em duas turmas e realizar uma
competição de respostas rápidas. Alguns exemplos de perguntas: Quem é mais
jovem: os pais ou os avós? Quem é mais velho: os pais ou os filhos? Quem é mais
velho: o filho do seu pai ou o pai do seu pai? Quem é mais jovem: a mãe do seu
pai ou a mãe do filho do seu pai? O que é que tem quatro pés e não anda? Qual é
o numeral que vem antes do dois? E depois dele?
7. Encher e esvaziar vasilhames de diferentes
tamanhos, comparando-os.
8. Predizer quantos copos serão necessários para
encher determinado vasilhame.
9. Encher dois copos com a mesma quantidade.
Despejar o conteúdo de um deles num copo mais fino e comprido ou em um copo
largo e baixo. Lançar a pergunta: A quantidade continua a mesma ou um copo tem
mais (ou menos) que o outro? (Teste
piagetiano)
10.
Encher dois
vasilhames idênticos sendo um com tampinhas miúdas e outro com tampinhas de
garrafa. Fazer a contagem e verificar o que aconteceu.
11.
Observar garrafas
idênticas com quantidades diferentes de água. Cantar uma música com o
acompanhamento do som produzido pelas batidas de uma colher em cada garrafa.
Lançar o problema: O que devemos fazer para que todas as garrafas produzam o
mesmo som somente utilizando a água que está nelas?
12.
Pegar uma
quantidade de elementos igual àquela apresentada como modelo. Repetir a
atividade, mas pegando uma quantia maior ou menor que a do modelo.
13.
Fazer
correspondência entre numerais e quantidades utilizando-se de cartões com os
numerais e MCA.
14.
Pedir para as
crianças imaginarem um cachorro; em seguida, pedir que cada um diga um animal
maior e menor que o cachorro imaginado. Repetir a atividade com objetos e com
números.
15.
Colocar vários
elementos naturais (castanhas de caju, frutinhos e sementes de árvores) em
quantidades diferentes dentro de um mesmo recipiente para que a criança os
conte, identificando e comparando suas quantidades.
LOCALIZAÇÃO
Para a aquisição, por parte da criança, de
noções de localização, como
sob/sobre, ao lado, dentro/fora, atrás/em frente, e de distância (longe/perto),
nas quais ela utiliza sua percepção visual e espacial, sugerimos:
1. Localizar objetos na sala dando seu
referencial.
2. Uma criança pensará num objeto e as demais tentarão
adivinhar que objeto é esse fazendo perguntas sobre sua localização.
3. Localizar os compartimentos da escola.
4. Colocar um objeto no local dando um
referencial.
5. Em uma figura, localizar os elementos que a
compõem.
6. Distribuir uma folha de papel para cada
criança. Elas escolherão um local da sala para ficar. A brincadeira consiste em
posicionar-se conforme o pedido: em cima da folha, atrás da folha, em frente,
embaixo, dentro da folha, fora, longe da folha, perto da folha do colega, em
cima da folha do colega, entre duas folhas, ficar duas folhas à frente da sua.
7. Brincadeira: todos andando pela sala a fim de
executar imediatamente o pedido da professora ou de outra criança. Ex.: todos
devem ficar longe de João; voltar a andar normalmente; agora todos perto de
Maria; voltar a andar normalmente; quatro crianças diante de Ana e cinco atrás
de Pedro, etc.
8. Equilibrar saquinhos de areia em cima da mão,
da cabeça, dos pés e em outras partes do corpo.
9. Segurar uma tampinha de refrigerante embaixo
dos dedos dos pés, entre as duas pernas e andar, sobre os ombros...
10.
Brincadeira:
macaco mandou todos ficarem sobre algum objeto; macaco mandou todos ficarem sob
algum lugar; macaco mandou ficarem ao lado de alguma coisa.
ARANÃO, Ivana Valéria Denório. A
matemática através de brincadeiras e jogos.
Campinas, SP: Papirus, 1996.
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